
Neste final de semana, o mundo publicitário recebeu a notícia que um dos executivos mais bem-pagos do Reino Unido, Martin Sorrell, renunciou ao cargo de CEO do grupo WPP, a maior companhia de publicidade do mundo. Investigado sob suspeitas de conduta indevida, por meio de uma declaração interna, o fundador do grupo se afastou oficialmente da posição que ocupava há 33 anos.
A notícia surge pouco mais de um mês depois de o grupo anunciar a maior queda em suas ações desde 1999: cerca de 15% de desvalorização. Mas por que isso aconteceu?
Como gestor de uma agência digital, você já deve entender o motivo: tecnologia (e todo seu impacto no consumidor).
A tecnologia mudou tanto a natureza da publicidade (foco cada vez maior no ambiente digital), quanto os investimentos em anúncios para diferentes ambientes. Com a difusão do conhecimento e facilidade de acesso a esses canais de distribuição, desde 2016 o investimento feito em anúncios digitais superou os anúncios de mídia tradicional.
Grandes empresas mundiais como a Mondelez, atentas às mudanças de comportamento da sociedade e mudanças nas regras do jogo, remodelaram seu modelo de negócio e como investem em publicidade. A Head Global de Conteúdo e Monetização de Mídia da gigante americana, Laura Henderson, comentou:
“No ponto crucial desse modelo está uma mudança de foco – ao invés de publicidade interruptiva como uma tradicional campanha televisiva de 30 segundos, devemos nos concentrar na criação de conteúdo que gera dinheiro e chama a atenção.”
Com esse modelo, a ideia é que a empresa se torne uma melhor produtora de conteúdo. No longo prazo, após o aprendizado e aperfeiçoamento das técnicas de criação e distribuição, a previsão é que a estratégia de conteúdo aumente a eficiência e custo-benefício desse tipo de investimento.
Essa movimentação não acontece apenas entre os big players do mercado internacional. Muitas agências brasileiras estão se atentando às mudanças e adaptando sua estrutura interna para se adequar as novas demandas, cada vez mais predominantes.
Se você tem ou faz parte de uma agência “tradicional” e precisa de um norte para ajudar nas mudanças, esse artigo é pra você!
A ascensão das redes sociais continua
Atualmente, mais da metade das pessoas do planeta tem um smartphone, ou seja, mais de 3,5 bilhões de pesssoas. Somos mais de 2,5 bilhões de usuários das redes sociais – canais de distribuição que relativizaram e transformaram conceitos de relacionamento entre as marcas e as pessoas. Agora, a prioridade é integrar o marketing digital a todos os canais de comunicação e levar em conta como cada ação da sua marca pode ter sua estratégia potencializadas pelas vantagens de um mundo cada vez mais conectado.
Como tudo relacionado ao digital, as redes sociais são bastante dinâmicas.
Quem não se lembra dos finados ICQ, Fotolog, MySpace ou Orkut?
Entretanto, nos últimos anos observamos a consolidação de diversas redes sociais que hoje são considerações essenciais no planejamento de qualquer estratégia digital. Na tabela abaixo, há um levantamento do número de usuários das 10 redes sociais mais populares.
Fonte: Oficina da net
Você pode perceber que, mesmo face ao recente escândalo envolvendo o Facebook e a privacidade dos dados de seus usuários, ele se mantém como o rei das redes sociais. Seja pelo posicionamento firme de seu CEO perante o Congresso Americano ou pelo poder de mercado que a rede social possuía, empresas reconhecidas pelos grandes investimentos em Facebook Ads como Johnson & Johnson e PepsiCo. anunciaram que vão continuar apostando seus ousados orçamentos na plataforma.
Hiperpersonalização, super-nichos e dados como base para campanhas mais assertivas em meio digital
Apesar dos escândalos sobre o uso de dados de usuários parecerem abalar o meio digital de vez em quando, não há como evitar que esses dados sejam usados para garantir mais assertividade nos investimentos em ads. Ou seja, o futuro da hiperpersonalização no marketing irá chegar e irá atingir a jornada de compra de consumidores de todo o mundo. Estamos, simplesmente, em um momento de transição.
Nessa transição, conteúdo é um fator crucial. Afinal, os influencers, instagrammers, blogueiros e youtubers estão aí para nos mostrar que o há sede de conteúdo imparcial nesse mundo! Há audiências enormes procurando conteúdo de qualidade, real, útil e relevante para consumir. E cada vez mais as marcas estão percebendo isso e começando a ser seus próprios influencers, ao demonstrar que são autoridade e conhecem muito bem seu meio. Uma saída para permanecer relevante nesse mar de palavras, fotos e vídeos é produzir conteúdo nichado e hiperpersonalizado para seu público.
Se tem muita gente escrevendo sobre gestão de negócios, identifique nichos nos quais você pode atuar. Assim você realmente se torna relevante, pois preenche o vácuo de informação que existe nesse meio.
A ideia por trás dessa tendência é lapidar e otimizar os conceitos do Inbound Marketing: levar a informação certa para a pessoa certa, nos lugares e momentos certos. Sem interrupção, sem incômodo, só valor oferecido e quem sabe um passo adiante na Jornada de Compra do seu futuro cliente.
A realidade das grandes agências é mais complicada (e lenta)
Se há menos de dez anos ninguém sabia o que era Facebook e usava o Google esporadicamente (porque ainda havia pouco conteúdo na web) e hoje um quinto de todo o investimento em publicidade do mundo é direcionado para esses dois gigantes, tem como imaginar o que vai acontecer no futuro?
Não quero ser clichê, mas impossível não citar Darwin, não é? Mais que nunca, entendemos que realmente só sobreviverá quem puder se adaptar às mudanças que irão surgir. (e é por isso que startups crescem em um ritmo astronômico e grandes corporações continuam estáveis)
Quanto mais rígido e menos flexível qualquer estrutura organizacional for, maior o tempo necessário para se adaptar e maior o impacto que essa estrutura irá sofrer, como bem podemos perceber com o encolhimento da WPP.
O que isso significa para a sua pequena agência digital?
Para sua agência digital, as notícias são das melhores: você vai crescer.
Se você continuar atualizado, se continuar se dedicando para aplicar novos conceitos, se continuar inovador e utilizando tecnologia a seu benefício, você vai crescer muito! A fatia digital cresce cada vez mais, e se você for uma das empresas que mais rapidamente conseguir se adaptar às novas exigências do mercado, conseguirá sair na frente e abocanhar o maior pedaço.
Há muita possibilidade de crescimento nesse mercado que ainda está amadurecendo. A perspectiva é que o orçamento para as estratégias digitais aumente, assim como a necessidade de comprovar o ROI.
Com a tendência de valorização da produção de conteúdo, sai na frente quem conseguir construir uma estrutura escalável de gestão e produção que garanta produtividade! Produzir e distribuir conteúdo de qualidade pode custar muito tempo e dinheiro se você não tiver um time especializado e o apoio de tecnologia. A minha sugestão para se manter competitivo frente aos grandes nomes de agências tradicionais, que geralmente tem orçamentos invejáveis, é ter sua receita independente do seu custo fixo, para evitar ter equipe inchada e operação muito custosa.
Sabia que esse é o objetivo do Programa de Parcerias da Contentools? Se quiser descobrir se nosso programa faz sentido para sua agência, marque uma conversa comigo através deste link!
Agora é a sua vez
Se você acha difícil estabilizar sua agência e manter um fluxo ativo de novos clientes, receita e uma ótima equipe, imagine só como deve estar difícil manter tudo sob controle em uma agência gigantesca, burocrática e com pouca flexibilidade de mudança. Veja seu formato enxuto como sua maior força frente a essa onda gigantesca prestes a quebrar e surfe essa onda!
Aprenda rápido, teste, calcule resultados, use tecnologia a seu favor, crie times com os melhores profissionais disponíveis de qualquer parte do mundo e ofereça realmente o melhor que você pode oferecer! Tem alguma dúvida ou dificuldade particular que gostaria de discutir mais a fundo? Fique à vontade para expor nos comentários!